Criador de personagens memoráveis do quadrinho nacional (Garota Bipolar, Don Ináfio, Os IdiOtas, Vavá o Ceguinho e outros), Ota foi o meu primeiro chefe numa redação no Rio de Janeiro, na Revista MAD, que ele editou com brilhantismo do primeiro ao último número lançados no Brasil.
O corpo do cartunista Ota, 67 anos, foi encontrado
por bombeiros em seu apartamento na Tijuca.
Ota e Edra, Presidente do Salão de Humor de Caratinga,
num encontro anual de cartunistas no Rio de Janeiro
O cartunista Otacílio Costa d'Assunção Barros, o Ota, foi encontrado morto nesta sexta-feira (24) em seu apartamento na Rua Ernani Cotrim, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Ele tinha 67 anos.
A morte foi confirmada por amigos e colegas de Ota. Vizinhos estavam sem contato havia cinco dias com o cartunista, e os bombeiros foram acionados. Chegando no local encontraram o artista morto. A corporação confirmou que foi acionada e a porta precisou ser arrombada.
Formado em jornalismo, Ota foi o editor responsável pela versão brasileira da revista de humor Mad ao longo de 34 anos.
Responsável por cartuns, tirinhas e pela edição de centenas de números da publicação, que passou por três editoras diferentes (Vecchi, Record, Mythos/Panini), ele foi escalado para cuidar apenas da parte de conteúdo nacional da publicação em sua última encarnação.
A relação durou pouco. Em 2008, no começo da quarta encarnação da revista, deixou o cargo por discordar dos rumos tomados.
Na época, afirmou no entanto que era "um erro" achar que só tinha feito a "Mad". "Sou jornalista de formação, além de cartunista, e já participei de mais de 200 publicações, ou talvez 300. Perdi a conta", contou.
Ao longo da carreira, também trabalhou em publicações como "Jornal do Brasil" e "Folha Dirigida" e teve site de vídeos que parodiava o YouTube, o OtaTube. Em 1994, recebeu o prêmio de melhor revista independente no Troféu HQ Mix, o mais importante do quadrinho nacional, pela criação da "Revista do Ota".
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